“A arte é beleza, é vida, é amor. É a capacidade de ter olhos para ver, internalizar a natureza em nossa mente e coração. ”
Por que eu pinto? Testemunho artístico
Como uma artista abstrata contemporânea, fiquei muito interessada em Arte intuitiva como um processo para criar arte usando a consciência interior. Essa atividade centrada no coração não depende da mente analítica e crítica. A pintura intuitiva se conecta a uma energia criativa interna, uma devoção feroz à fonte interna, a percepções, sentimentos e emoções. É um compromisso com a minha alma profunda, tornar-se mais estimulante e viva, mais real, mais autêntica. Idéias, filosofias e pessoas que me inspiraram foram o Espiritismo do filósofo francês Allan Kardec, a Teosofia de Rudolf Steiner, o Budismo e a arte de Hilma Af Klint, pioneira do Movimento Abstrato.
Muitas vezes eu começo uma pintura usando minhas mãos nuas com os olhos vendados para libertar a origem da pintura de qualquer preconceito. Começando com este processo cego sou conduzida para possibilidades que eu não teria compreendido antes. Meus gestos cegos são extraídos da minha experiência, intuição e sensibilidades do meu âmago. Assim o trabalho desenvolve com o olhar e as mãos esclarecidas em uma nova visão, desafiando tudo com o que eles são confrontados.
Eu pinto para auto consciência e auto expressão saindo da minha zona de conforto, testando meus limites e enfrentando meus medos. Isto requer uma intensa fidelidade, certa quietude, paz interior e vulnerabilidade. Eu medito enquanto minhas mãos dançam com óleos coloridos na tela, expressando minha paisagem interna.
É um sentimento maravilhoso envolver minha arte com o mistério da jornada da minha vida. A arte me impulsiona a permanecer fiel a tudo o que sou. Sou grata pela possibilidade de conectar minhas visões com os outros, enquanto juntos navegamos pelos lugares desconhecidos, os sentimentos ocultos que eu expresso no meu trabalho. Uma pintura pode nos levar a viver no momento presente, e talvez alterar nossas vidas para melhor.